segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Avaliação seus velhos dilemas e novas implicações.


AVALIAÇÃO SEUS VELHOS DILEMAS E NOVAS IMPLICAÇÕES.

Sandra Sá dos Santos

Universidade Bandeirante, Campo de Marte, São Paulo, Brasil.

 

RESUMO: A base metodológica deste estudo é resultado de uma pesquisa bibliográfica cujos objetivos são: sensibilizar os professores para que tomem consciência de que ao avaliar o desempenho educacional não são apenas os alunos, mas sim todos os que estão envolvidos neste processo; alertar para reflexão e avaliação de suas posturas e perceber que a imposição do sistema educacional nos faz meramente reprodutores de uma cultura que não nos pertence e, principalmente conscientizar sobre a importância do trabalho do professor perante a sua atuação no processo social e histórico da formação do ser humano. Surge então, a necessidade pessoal de responder a duas inquietações muito importantes, a primeira pretende descobrir qual é o objetivo real dos sistemas de avaliação promovidos pelo governo e a segunda, quais são os efeitos dessa avaliação no contexto da sala de aula. As inquietações serão brevemente respondidas  na qual a primeira é que os governos querem controlar as ações educativas por serem geradoras de grandes fontes de recurso financeiro e em consequência disso a segunda demonstra que nada muda o contexto de sala de aula porque a universalização do ensino propiciaram mais vagas para as classes populares sem modificações no espaço físico da escola.

Palavras-chave: avaliação, competência e jogos de poder.

 
INTRODUÇÃO

Durante vinte e um anos na área de educação e somente há três anos como professora surgiram duas inquietações de grande importância, a saber: qual é o objetivo real dos sistemas de avaliação promovidos pelo governo?  – entenda-se aqui governo em qualquer âmbito, municipal, estadual ou federal – e quais são os efeitos e implicações dessa avaliação no contexto da sala de aula?  Enquanto professora as questões mencionadas me incomodam. Quando estive diretora de escola na educação infantil a situação era considerada normal e comum.

A base metodológica deste estudo tem caráter bibliográfico e visa sensibilizar os professores para que tomem consciência de que sua avaliação sobre o desempenho educacional não atinge somente aos alunos, mas todos os envolvido no processo; alertar para a reflexão e avaliação de suas posturas e perceber que a imposição do sistema educacional nos faz meramente reprodutores de uma cultura que não nos pertence e, principalmente conscientizar sobre a importância do trabalho do professor e sua atuação no processo social e histórico da formação dos indivíduos.

Foram verificadas ideias de diversos autores mencionando a forma como as avaliações foram instituídas e implantadas e a falta de relação e coerência com o universo da instituição escolar e seu entorno. A maior atenção foi dispensada aos autores que convergem com as minhas ideias sobre o tema.

Neste contexto surge a questão da quantidade de avaliações que ocorrem na escola durante o ano, sendo importante e necessário que o professor reflita sobre as demandas e responsabilidades da sua sala de aula, independente do tempo dispendido tentando chamar a atenção dos alunos para a demanda de informações recebidas e da necessidade de pautar a relevância dos assuntos principalmente quando não há um desempenho satisfatório que traduzidos em índices podem ser veiculados à mídia de forma incorreta.

No passado não tão distante, pois a escolarização no país é bastante nova em relação aos demais países europeus, o professor tinha menos recursos e apesar de avaliar de forma rude tinha o seu tempo e espaço para fazê-lo, hoje com toda tecnologia temos tempo para reclamar do aluno, mas não temos a condição necessária para avaliá-lo de forma correta e imparcial.

Os cursos da área de Pedagogia nos habilitaram  professores dos níveis iniciais da Educação Básica e não formaram cientistas da Educação, este seria o objetivo principal na Formação Acadêmica da Pedagogia nas Universidades, dessa forma criaram um classe de professores heterônomos que seguem livros didáticos, apostilas e outros infindáveis recursos, o que nos tornam meros reprodutores de conhecimento e estudo dos outros. Surge então a questão do livro de José Carlos Libâneo (Pedagogia e Pedagogos para quê?), cujo tema central da indagação é saber por que a Pedagogia é confundida com Formação de Professores, desvinculando a Pedagogia das Ciências da Educação. O professor não é considerado um cientista da Educação, mas é o manipulador do objeto de estudo (aluno). Quem determina quais são os conteúdos apropriados, adequados e quando devem ser executados são os especialistas e cientistas da Educação, exatamente aqueles que estão longe do objeto de estudo, não convivem com o aluno, não sabem sua história de vida, não conhecem o entorno e nem a realidade existente da comunidade ou escola.  Falam com propriedade sobre educação e o que sobra para os professores é ter a habilidade e competência necessárias para reproduzir o trabalho, seguir o roteiro de avaliação que vem pronto tanto quanto o manual de orientações para o aplicador e que foram produzidos por outros fora do enfoque necessário e contexto específico.

Dessa forma LIBANEO descreve a relação de interesses e objetivos:

...“Os que atuam mais diretamente na prática educativa escolar – professores, administradores escolares, diretores, supervisores de escola, psicólogos – se dizem educadores, mas nem sempre os sentidos que dão ao termo educação aplicam-se às mesmas realidades. Por exemplo, educadores ocupados em planejar, organizar, supervisionar um sistema estadual de ensino terão menor interesse em temas como aprendizagem da leitura; um professor do ensino fundamental raramente deter-se-á em aprofundar estudos da política e gestão do sistema escola. Para uns, importa mais a educação como instituição social; para outros a educação como processo de escolarização. Entre os que se dedicam a formação de nível superior ou de nível médio, é comum tomarem apenas o aspecto da totalidade do fenômeno educativo decorrente da área de estudo em que são especialistas – sociologia, psicologia, economia, filosofia, linguística e etc. ...” (LIBÂNEO, pg. 70, 2002).

Embora esta não seja a nossa discussão é necessário apresentar algumas informações porque se o professor é um mero reprodutor de conteúdos, chegamos exatamente na questão da avaliação sistematizada pelo governo e que nos parece ser mais importante do que qualquer outro tipo de avaliação e também na qual a importância do professor é totalmente descartada quanto ao seu pensamento, conduta e experiência sobre a avaliação.

Os índices da educação básica (IDEB) mostram que não é o aluno que vai mal e sim a Instituição Escolar, que não criou recursos suficientes e nem se adequou a metodologia para que seus alunos consigam as habilidades necessárias para continuar e concluir seus estudos a contento. Quem ainda acha que o aluno tem que caber no molde não compreende que o aluno e a sociedade mudaram e a escola apesar de todos os recursos materiais e humanos está tentando mudar.

Este trabalho visa entender por que a avaliação tem que ser sistematizada e distribuída em ranking, se assim não o fossem as escolas e as universidades não teriam seus índices de aproveitamento divulgados pela imprensa ou órgãos oficiais determinando vergonhosamente a colocação em lugares. Como se toda a escola coubesse dentro de um molde específico criado pelos governos e seus especialistas da Educação cuja formação acadêmica nem sempre é a Pedagogia e nunca atuaram como professores nas áreas propensas a problemas de toda natureza.

A medida de controle é utilizada para verificar quem está cumprindo suas tarefas com competência e é por este motivo que se ganha prêmios por desempenho educacional, dinheiro que deveria ser disponibilizado independentemente de qualquer condição, pois a verba é destinada a valorização do magistério e não pelo desempenho do aluno e empenho do professor ou escola.

O artigo está dividido em quatro partes, na primeira a compreensão que se faz do uso da avaliação e o seu sentido, as três partes seguintes traduzem o pensamento e as ideias dos autores tratando das questões pedagógicas e políticas no sistema de ensino e por último as considerações são apresentadas com o objetivo da compreensão do problema de pesquisa e fechamento de todo o trabalho, embora este trabalho ainda requeira aprimoramento e pesquisa de campo, cuja preocupação primordial é saber do aluno e do professor quais são seus maiores entraves na relação de aprendizagem e avaliação.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Diferenças entre resumo e resenha.


1.     O resumo é apenas o destaque das partes principais...
Já a resenha deve conter esse destaque e uma opinião ou algo com suas próprias palavras.

2.     Resenha é uma interpretação minuciosa e detalhada do que você entendeu sobre determinada leitura. Você lê, interpreta, opina, impõe suas ideias e passa tudo isso para o papel.
No resumo você deve colher os dados mais importantes da obra, uma cópia fiel do que está escrito, ou seja, sem interpretação particular ou opinião.

3.     Pesquisa científica é a investigação feita com o objetivo expresso de obter conhecimento específico e estruturado sobre um assunto preciso. Em uma pesquisa científica a elaboração de um projeto é uma etapa imprescindível. Ela pode ser realizada em qualquer área do conhecimento, geralmente nascendo a partir de uma ideia, de um tema ou de mesmo de um conteúdo específico. Pesquisar faz com que o ser humano tenha interesse em descobrir, explorar, interpretar coisas do nosso meio social.

4.     Ideologia: é um conjunto de ideias e valores que influenciam o individuo na construção da sua opinião.

5.     Objetivo: a definição dos objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa.

6.     Hipótese: É a suposição de uma resposta para o problema formulado em relação ao tema. A hipótese pode ser confirmada ou negada.

7.     Resenha:  É uma descrição minuciosa de um livro , de um capitulo de um livro ou parte deste livro, de um artigo, de uma apostila ou qualquer outro documento.

8.     Resumo: você deve escolher os dados mais importantes da obra, uma copia fiel  do que esta escrito, ou seja ,sem interpretação particular ou opinião.

9.     Justificativa : É a parte mais importante da pesquisa já que nessa parte que se formularão todas as intenções do autor da pesquisa . É o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental a ser defendido  

10.   Pelego um ser que não assimilou bem os valores e reivindicações de sua classe e de forma oportunista opta por privilégios pessoais em detrimento do coletivo.